Bom vou começar meu texto sobre Belo
Monte, de uma forma diferente dos quais tenho visto por aí.
Acredito que para entendermos Belo
Monte, precisamos voltar um pouco para as aulas de geografia. Desvendar a
Hidrografia da Região, o Potencial Econômico e lógico a degradação ambiental
que já ocorre na região.
Tem muito
artista ambientalista de Iphone, falando besteiras por aí, sem ao menos
conhecer a região, sem estudar sobre.
O Post será gigantesco, se não tiver
interesses reais sobre o assunto, não prossiga.
Bacia Hidrográfica Amazônica - É a maior bacia hidrográfica do mundo,
com 7.050.000 km², sendo que 3.904.392,8 km² estão em terras brasileiras. Seu
rio principal (Amazonas), nasce no Peru com o nome de Vilcanota e recebe
posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon.
Quando entra no Brasil, passa-se a chamar
Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o
nome de Rio Amazonas. O Rio Amazonas percorre 6.280 km, sendo o segundo maior
do planeta em extensão (após o Rio Nilo, no Egito, com 6.670 km) é o maior do
mundo em vazão de água. Sua largura média é de 5 quilômetros e possui 7 mil
afluentes, além de diversos cursos de água menores e canais fluviais criados
pelos processos de cheia e vazante.
Bacia
Hidrográfica dos Rios Tocantins-Araguaia - É a maior bacia localizada
inteiramente em território brasileiro, com 813.674,1 km². Seus principais rios
são o Tocantins e o Araguaia. O rio Tocantins, com 2.640 km de extensão, nasce
em Goiás e desemboca na foz do Amazonas. Possui 2.200 km navegáveis (Entre as
cidades de Peixe-GO e Belém-PA) e parte de seu potencial hidrelétrico é
aproveitado pela usina de Tucuruí, no Pará - a 2ª maior do país e uma das cinco
maiores do mundo.
O Rio
Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Goiás e une-se ao Tocantins no
extremo norte do estado de Tocantins.
Os
Maiores Rios Brasileiros por vazão e por Extensão
1°) Rio
Amazonas (Bacia Amazônica) - 209.000;
2°) Rio
Solimões (Bacia Amazônica) - 103.000;
3°) Rio
Madeira (Bacia Amazônica) - 31.200;
4°) Rio
Negro (Bacia Amazônica) - 28.400;
5°) Rio
Japurá (Bacia Amazônica) - 18.620;
6°) Rio
Tapajós (Bacia Amazônica) - 13.500;
7°) Rio
Purus (Bacia Amazônica), Rio Tocantins (Bacia Tocantins-Araguaia) e Rio Paraná (Bacia do Prata) - 11.000;
10°) Rio
Xingu (Bacia Amazônica) - 9.700;
11°) Rio
Içá (Bacia Amazônica) - 8.800;
12°) Rio
Juruá (Bacia Amazônica) - 8.440;
13°) Rio
Araguaia (Bacia Tocantins-Araguaia) - 5.500;
14°) Rio
Uruguai (Bacia do Prata) - 4.150;
15°) Rio
São Francisco (Bacia do São Francisco) - 2.850;
16°) Rio
Paraguai (Bacia do Prata) - 1.290.
Já é
sabido por todos nós brasileiros alfabetizados que o potencial hidrelétrico da
Região Norte é absurdo. E os maiores rios brasileiros estão na Bacia Amazônica.
Região do Rio Xingu
Ao longo de seus 2,3 mil km, o Rio
Xingu atravessa a parte leste do Estado do Mato Grosso e corta o Estado do Pará
até desembocar no Rio Amazonas, na cidade de Porto de Moz, formando uma bacia
hidrográfica de 51,1 milhões de hectares (equivalente à área de dois estados de
São Paulo). A Bacia do Xingu, da qual fazem parte 35 municípios, é habitada
secularmente por povos indígenas.
São dez mil índios de 20 etnias diferentes - 14
delas no parque - que fizeram do rio a base de suas atividades tradicionais,
ritos e intercâmbio cultural entre si.
A formação dessa região produtora
remete aos anos 1960, quando o governo federal estimulou os primeiros grandes
empreendimentos de pecuária na região através da Sudam (Superintendência de
Desenvolvimento da Amazônia). Uma etapa paralela dessa estratégia de ocupação
não-indígena foram os projetos estatais e privados de colonização, que
trouxeram consigo a produção de arroz na década de 1970 e, a partir dos anos
1980, a da soja.
Desmatamento
Percebemos que a região vem se
desenvolvendo desde 1960, de uma forma desordenada, como uma grande parte do
país. Poucas vezes conseguimos ver uma região ser desenvolvida com planejamento
e estudos.
O ISA vem monitorando regularmente o
desmatamento na Bacia do Xingu por meio de seu laboratório de geoprocessamento.
Estudos sobre o assunto, lançados em março de 2006, é a nova versão do mapa
Cabeceiras do Rio Xingu.
Para o período entre 2003 e 2005,
a publicação registra mais 1.259.022 hectares desmatados em área de floresta
(ou 7,08% do total) e cerca de 266 mil hectares (1,5%) em áreas que já sofriam
algum tipo de alteração. Em relação a áreas que permanecem desmatadas desde o
ano 2003, o mapa revela um total de mais de 4 milhões de hectares.
O que observamos até
agora?
- Os maiores
rios brasileiros por vazão e extensão estão situados na Bacia Amazônica;
- São dez mil índios de 20 etnias
diferentes que serão afetados;
- A formação dessa região
produtora remete aos anos 1960, quando o governo federal estimulou os primeiros
grandes empreendimentos de pecuária na região através da Sudam
(Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia);
- Uma etapa paralela dessa
estratégia de ocupação não-indígena foram os projetos estatais e privados de
colonização, que trouxeram consigo a produção de arroz na década de 1970 e, a
partir dos anos 1980, a da soja;
- A degradação ambiental da região,
já vem desde 1960, devido ao desenvolvimento da região sem um planejamento.
Hidrelétrica
de Belo Monte
Como já foi visto no texto, no período
de 2003 a 2005 1.259.022
hectares desmatados em área de floresta (ou 7,08% do total) e cerca de 266 mil
hectares (1,5%) em áreas que já sofriam algum tipo de alteração.
Os ambientalistas de iphone, não
questionam esses números por qual motivo? 1 MILHÃO de hectares já foram
desmatados...pois é.
Obs: Eu não dou moral alguma a ator da
globo metido a intelectual dizendo “eu pesquisei” com cara de idiota.
Obs2: O que é o tal de Heriberto Leão
com cara de militante das farc?
Obs3 : Odeio comunistinha e
ambientalista de merda!
Voltando ao texto...
Vou colocar aqui uma lista das
principais hidrelétricas do país e o quanto produzem:
1) Itaipú (Rio Paraná) -
12.600 MW
2) Tucuruí (Rio
Tocantins) - 4.245 MW;
3) Ilha Solteira (Rio
Paraná) - 3.444 MW;
4) Xingó (Rio São
Francisco) - 3.000 MW;
5) Paulo Afonso IV (São
Francisco) - 2.460 MW;
6) Itumbiara (Rio
Paranaíba) - 2.082 MW;
7) São Simão (Rio
Paranaíba) - 1.710 MW;
8) Fóz do Areia (Rio
Iguaçú) - 1.676 MW;
9) Jupiá (Rio Paraná) -
1.551 MW;
10) Itaparica (Rio São
Francisco) - 1.500 MW;
11) Itá (Rio Uruguai) -
1.450 MW;
12) Marimbondo (Rio
Grande) - 1.440 MW;
13) Porto Primavera (Rio
Paraná) - 1.430 MW;
14) Salto Santiago (Rio
Iguaçú) - 1.420 MW;
15) Água Vermelha (Rio
Grande) - 1.396 MW;
16) Corumbá (Rio
Corumbá) - 1.275 MW;
17) Segredo (Rio Iguaçú)
- 1.260 MW;
18) Salto Caxias (Rio
Iguaçú) - 1.240 MW;
19) Furnas (Rio Grande)
- 1.216 MW;
20) Emborcação (Rio
Paranaíba) - 1.192 MW;
21) Salto Osório (Rio
Iguaçú) - 1.078 MW;
22) Estreito (Rio
Grande) - 1.050 MW;
23) Sobradinho (Rio São
Francisco) - 1.050 MW.
Segundo o Ministro de Minas
e Energia: “Belo Monte
vai produzir 11 mil megawatts, ou seja, 10% do total que o Brasil possui hoje”
Então, pra quem disse no vídeo que Belo
Monte não vai produzir quase nada...11mil megawats é o q? E no período de seca
produzirá um pouco mais de 4mil. Ainda sim, a produção continua boa, diante dos
padrões.
Segundo o Jornal Estadão a contrução
irá custar : “O custo total do
empreendimento ficará entre R$ 16 bilhões (segundo o governo) e de R$ 30
bilhões (segundo as construtoras)”
Bom Acreditar em político é realmente
impossível, haverá muito desvio...o que podemos fazer é exigir que as contas
sejam transparentes e que o TCU faça sua
parte de forma HONESTA.
Um Imbecil
disse no vídeo dos ambientalistas de iphone, que energia gerada por
hidreletrica não é energia limpa...onde isso, meu Deus????
Segundo o engenheiro e
ex-consultor legislativo do Senado David Waisman :
“«Potenciais
hidrelétricos são um recurso natural precioso. Europeus, americanos, canadenses
os exploraram rigorosamente enquanto deles dispuseram. Foram aproveitados ao
longo de muitas décadas e até hoje estão as correspondentes usinas
hidrelétricas a sustentar o padrão de vida desses povos, complementadas pelas
termelétricas que se tornaram indispensáveis dada a inexistência, naqueles
territórios, de potenciais hidrelétricos adicionais. Ao aproveitamento dos
potenciais hídricos para a geração de energia elétrica é, frequentemente,
incorporada a vantagem de se amenizarem as enchentes nocivas e a de se usarem
os cursos d’água assim regularizados para outros fins úteis, tal como navegação
e irrigação.»
«Ora, se predomina o princípio da intocabilidade da natureza, como vem
ocorrendo, e ao ser desprezado o mecanismo legal de compensação da inundação
por ações de conservação em outro local, os projetos de hidrelétricas ou são
vetados ou são mutilados, neste caso restringindo-se a área inundável a apenas
aquilo que a natureza já inunda nas enchentes. Isto é, os projetos são
implementados na modalidade “a fio d’água”, com subaproveitamento da energia firme
que seria possível obter. Esse veto e essa mutilação equivalem, e isto não
costuma ser percebido ou divulgado, a deixar perder-se para sempre uma riqueza
natural preciosa. Por que a sociedade não admite fazê-lo com jazidas de minério
de ferro ou com as reservas de petróleo, mas tolera a mutilação hidrelétrica
imposta pelo ambientalismo intocabilista, é uma questão que precisa ser
discutida. Enquanto isso não se der, continuará o criminoso desperdício de
valiosíssimos recursos naturais, e se vão multiplicando as poluentes
termelétricas do preservacionismo irracional.»
No vídeo dos artistas
ambientalistas de iphone, o imbecil do Eriberto Leão fala de alternativas para
a questão energética e diz uma asneira...”energia eólica”.
Eriberto meu filho,
você já esteve na região amazônica? Você sabia que a região Amazônica não tem
ventos com velociadades o suficiente para utilizar em usinas eólicas? E que
seria inviável um projeto de energia eólica no Norte do país? Você sabia que a
região é carente de energia? Você sabia que em Manaus, uma cidade desenvolvida,
com potencial econômico absurdo, falta energia quase todos os dias??? Sabe
quanto custa um projeto de energia eólica?
“O que impede a instalação de mais centrais eólicas
ainda é o preço. A energia gerada por uma central eólica custa entre 60% e 70%
a mais que a mesma quantidade gerada por uma usina hidrelétrica. “
Infelizmente
existe uma degradação ambiental, é hipocrisia falar que podemos sobreviver sem
degradar...pois só estamos aqui por conta da degradação ambiental que causamos,
Rio de Janeiro, em Sào Paulo, em Minas Gerais, em Manaus, em qualquer lugar do
mundo ... infelizmente essa é a lei da vida...
É muito
facil ser ator da Rede Globo entrar em um estúdio e fazer esse vídeo, sair de
lá nos seus Porsche's, Land Rover's, BMW, a caminho do Recreio dos Bandeirantes
(Região TOTALMENTE devastada, no Rio de Janeiro) Barra da Tijuca (outra região
completamente devastada pela construçào civil). Mas não vemos os ambientalistas
de iphone reclamarem da construção civil que devasta cidades, que devasta matas
virgens dentro das cidades, para construir condomínios de luxo para artistas,
políticos e etc.
"Uma parte da a área que será
inundada, já é naturalmente alagada em épocas de enchente, desabrigando os
moradores que ficam nas redondezas."
A hidrelétrica de Belo Monte possuirá
uma capacidade para abastecer mais de 26 milhões de habitantes e com a
instalação, a usina, desalojará mais de 20 mil pessoas, mas gerará cerca de
80.000 postos de trabalho na sua construção com empregos indiretos e 18mil
empregos diretos.
“Para uma região marcada
por pobreza endêmica e falta de infraestrutura, Belo Monte será uma grande oportunidade.
Rodovias, pontes, hidrovias e atracadouros já estão sendo recuperados para
receber máquinas a serem usadas na obra.
Existe o compromisso formal do consórcio construtor de adquirir
na região o que for possível para abastecer os alojamentos, abrindo mercado
para pequenos e médios produtores rurais locais. Um outro compromisso é
alfabetizar o máximo possível de trabalhadores (pela primeira vez serão
admitidas pessoas analfabetas em uma obra dessa magnitude, exatamente devido à
realidade da região, onde é elevada a parcela da população sem qualquer
instrução).”
“Entre
as 40 condicionantes para liberação da licença ambiental para início das obras
da hidrelétrica de Belo Monte está a obrigação de o consórcio responsável pelo
empreendimento garantir o fornecimento de água potável e tratar os esgotos de
100% dos domicílios urbanos de dois municípios da região: Altamira e Vitória do
Xingu.
Não há hoje no Brasil cidade que tenha
alcançado esses índices. E no caso da Amazônia, tais objetivos estão ainda mais
distantes, pois o índice de esgotos urbanos tratados nos maiores municípios
locais não passa de 5%.”
Vai
existir degradação...isso é inevitável, o que temos que pensar e ponderar é de
que forma isso vai ser feito, se as 40 normas ambientais serão TODAS
cumpridas, se não vai haver desvios. Isso podemos fazer, o que não podemos é
impedir uma região carente de se desenvolver, impedir que tenham
empregos, comida, salários justos. E TODOS nós sabemos que o
desenvolvimento só chega com grandes construções, com geraçào de emprego, etc.
CHEGA!! de hipocrisia Brasil!
Essas
pessoas merecem o desenvolvimento, mas lógico, que seja um desenvolvimento
sustentável, inteligente e planejado!
Antes do
governo por em prática a construção, deveriam dar início a todo o processo
sustentável, remanejamento das pessoas e estruturação das cidades afetadas.
É isso o que temos que cobrar!