Resolvi escrever esse
texto depois de toda a repercussão causada pela invasão de
estudantes da USP a sua Reitoria. Bem depois para ter tempo de analisar e ver todos os lados envolvidos.
No calor das
discussões, muitas vezes para ganhar visibilidade no blog, pessoas
postam suas “opiniões” sem pensar ou refletir muito bem.
Vou dar a minha
opinião a respeito...
Acredito que o
movimento instaurado por estudantes da USP na reitoria, não foi
legítimo. Não foi uma campanha contra a má gestão que impera nas
universidades públicas do pais, não foi um clamor a melhorias,
como:
- Salas reformadas;
- Carteiras novas;
- Iluminação;
- Professores bem pagos;
- Laboratórios melhores;
- Segurança;
Entre outas milhões
de coisas necessárias em uma universidade pública, que o governo e reitores insitem em não dar aos estudantes e professores.
Não foi um pedido de
conscientização política a cerca da liberação da maconha, na
qual sou a favor, por milhões de fatores (não sou usuário). Não
foi um pedido social para que tenhamos uma polícia mais efetiva e
menos violenta, bem paga, bem equipada.
Infelizmente ainda
vivemos períodos ditatoriais, não é só a polícia que é
arbitrária, a imprensa no Brasil é em sua grande parte corrompida e
partidária. Informam o que é necessário e conveniente para eles,
quem paga mais tem a matéria favorável.
Vivemos a ditadura
política, onde os “REIS DE BRASÍLIA” fazem o que querem com o
país, votam aumentos de 69% em seus próprios salários em 2 sessões
no senado, enquanto boas propostas para a melhoria popular, social,
demoram anos para entrarem em pauta e muitas vezes são excluídas de
possibilidade de votação.
Vivemos a ditadura do
formadores de opinião socialistas/comunas, que muitas vezes
acreditam que o país está no caminho certo, pois é liderado por
pseudos socialistas/comunas, que “lutaram” pela liberdade lá
atras, mas que hoje, estão atolados de dinheiro público, dinheiro
sujo de desvios, de mensalões, de corrupção, tem até dinheiro na
cueca, entre outas coisas. Pra mim, essa ditadura da hipocrisia é
uma das piores coisas.
Eles usam de mentira,
investem 9bilhões em propaganda política para inaugurar obras que
não existem, inaugurar escolas que não existem, hospitais,
universidades que não terminaram de ser construídos e mesmo assim,
já foram inaugurados e sua propaganda já está feita, rodando nos
principais canais do Brasil.
Estamos em um período
de conflito com o “sistema de segurança”, muitos acreditam que é
dando porrada em maconheiro que as coisas melhoram e outros acreditam
que polícia não serve para nada e que o exercito brasileiro poderia
ser desfeito, pois eles não acreditam nos benefícios que o mesmo
presta ao país.
Não existe um
meio-termo, não existe oportunidade para o debate e o que fazer?
Acredito muito que um
país que não respeita a polícia, não respeita seu exército é um
país sem ordem, país que não quer ordem.
As pessoas querem
viver fora da lei, a “liberdade” virou uma “libertinagem” sem
controle e quando alguém tenta colocar as coisas no eixo, é tido
como ditador, autoritário.
Toda sociedade precisa
de regras e as regras no Brasil não estão sendo aplicadas,
PRINCIPALMENTE pela postura corrupta de seus policias, delegados, de
seus advogados, de juízes, de promotores, reitores e pela falta de
decoro parlamentar. O comportamento ético
de quem precisa ser exemplo é nulo no Brasil...mas o povo também
não colabora,não preciso falar do “jeitinho” brasileiro ne?
Mas tudo isso não
justifica, usar drogas ilícitas sem ser perturbado por agentes de
segurança pública, pois a Universidade Pública é um território
NACIONAL, onde TODAS as leis são aplicadas. A USP não é uma ilha
fora de nossos domínios, ou um território indígena, que isso fique
BEM CLARO!
Muitos aqui vão falar
que existe algo por trás desse movimento e que a imprensa
tendenciosa não mostrou...Eu acredito sim, que em uma minoria
existia o ideal pela universidade.
Esse protesto poderia
ter sido mais inteligente, mais bem embasado , foi muito amador...
Teria que ser feito um
levantamento do que é necessário na universidade, dos custos, ir
com o pessoal de administração/economia e levantar valores, custos,
investimentos, planejamento. Ir no pessoal de arquitetura e
urbanismo, fazer um projeto de melhorias para as salas, laboratórios,
estacionamentos, guaritas, moveis para as salas. Chegar no pessoal de
direito e ver como dar entrada em um processo para investigação das
contas da universidade. Depois de levantados TODOS os materiais, ir
protestar, fazer barulho, mas mostrar uma base teórica, base legal
para legitimar o protesto...é trabalhoso. Mas hoje em dia o caminho
é esse, fazer as coisas de forma “profissional”, chega de
amadorismo.
É utópico falar isso...ou pedir que isso seja feito em
próximos protestos, mas dessa forma não teria rejeição de mais de
60% da universidade.
Não podemos esquecer
que esse movimento foi partidário...e abordarei esse tema em um
outro post.
“A
principal reivindicação do grupo, coordenado por três correntes de
extrema-esquerda – a Liga Estratégica Revolucionária – Quarta
Internacional, o Movimento Negação da Negação e o Partido da
Causa Operária (PCO) –, é a suspensão do convênio entre a PM e
a universidade, firmado após a morte do estudante Felipe Ramos de
Paiva, baleado no estacionamento da Faculdade de Economia e
Administração (FEA) em maio passado.”
Pra
quem não sabe o PCO é o Partido da Causa Operária....
Bom, fico por aqui!!!
Rafael Guedes
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