segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Belo Monte

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Bom vou começar meu texto sobre Belo Monte, de uma forma diferente dos quais tenho visto por aí.
           
Acredito que para entendermos Belo Monte, precisamos voltar um pouco para as aulas de geografia. Desvendar a Hidrografia da Região, o Potencial Econômico e lógico a degradação ambiental que já ocorre na região.

Tem muito artista ambientalista de Iphone, falando besteiras por aí, sem ao menos conhecer a região, sem estudar sobre.

            O Post será gigantesco, se não tiver interesses reais sobre o assunto, não prossiga.
           
            Bacia Hidrográfica Amazônica - É a maior bacia hidrográfica do mundo, com 7.050.000 km², sendo que 3.904.392,8 km² estão em terras brasileiras. Seu rio principal (Amazonas), nasce no Peru com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon.

 Quando entra no Brasil, passa-se a chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus,  recebe o nome de Rio Amazonas. O Rio Amazonas percorre 6.280 km, sendo o segundo maior do planeta em extensão (após o Rio Nilo, no Egito, com 6.670 km) é o maior do mundo em vazão de água. Sua largura média é de 5 quilômetros e possui 7 mil afluentes, além de diversos cursos de água menores e canais fluviais criados pelos processos de cheia e vazante.

Bacia Hidrográfica dos Rios Tocantins-Araguaia - É a maior bacia localizada inteiramente em território brasileiro, com 813.674,1 km². Seus principais rios são o Tocantins e o Araguaia. O rio Tocantins, com 2.640 km de extensão, nasce em Goiás e desemboca na foz do Amazonas. Possui 2.200 km navegáveis (Entre as cidades de Peixe-GO e Belém-PA) e parte de seu potencial hidrelétrico é aproveitado pela usina de Tucuruí, no Pará - a 2ª maior do país e uma das cinco maiores do mundo.

O Rio Araguaia nasce em Mato Grosso, na fronteira com Goiás e une-se ao Tocantins no extremo norte do estado de Tocantins.

Os Maiores Rios Brasileiros por vazão e por Extensão

1°) Rio Amazonas (Bacia Amazônica) - 209.000;
2°) Rio Solimões (Bacia Amazônica) - 103.000;
3°) Rio Madeira (Bacia Amazônica) - 31.200;
4°) Rio Negro (Bacia Amazônica) - 28.400;
5°) Rio Japurá (Bacia Amazônica) - 18.620;
6°) Rio Tapajós (Bacia Amazônica) - 13.500;
7°) Rio Purus (Bacia Amazônica), Rio Tocantins (Bacia Tocantins-Araguaia) e Rio   Paraná (Bacia do Prata) - 11.000;
10°) Rio Xingu (Bacia Amazônica) - 9.700;
11°) Rio Içá (Bacia Amazônica) - 8.800;
12°) Rio Juruá (Bacia Amazônica) - 8.440;
13°) Rio Araguaia (Bacia Tocantins-Araguaia) - 5.500;
14°) Rio Uruguai (Bacia do Prata) - 4.150;
15°) Rio São Francisco (Bacia do São Francisco) - 2.850;
16°) Rio Paraguai (Bacia do Prata) - 1.290.

Já é sabido por todos nós brasileiros alfabetizados que o potencial hidrelétrico da Região Norte é absurdo. E os maiores rios brasileiros estão na Bacia Amazônica.

            Região do Rio Xingu
           
Ao longo de seus 2,3 mil km, o Rio Xingu atravessa a parte leste do Estado do Mato Grosso e corta o Estado do Pará até desembocar no Rio Amazonas, na cidade de Porto de Moz, formando uma bacia hidrográfica de 51,1 milhões de hectares (equivalente à área de dois estados de São Paulo). A Bacia do Xingu, da qual fazem parte 35 municípios, é habitada secularmente por povos indígenas.

 São dez mil índios de 20 etnias diferentes - 14 delas no parque - que fizeram do rio a base de suas atividades tradicionais, ritos e intercâmbio cultural entre si.
           
A formação dessa região produtora remete aos anos 1960, quando o governo federal estimulou os primeiros grandes empreendimentos de pecuária na região através da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia). Uma etapa paralela dessa estratégia de ocupação não-indígena foram os projetos estatais e privados de colonização, que trouxeram consigo a produção de arroz na década de 1970 e, a partir dos anos 1980, a da soja.
           
         Desmatamento

Percebemos que a região vem se desenvolvendo desde 1960, de uma forma desordenada, como uma grande parte do país. Poucas vezes conseguimos ver uma região ser desenvolvida com planejamento e estudos.

O ISA vem monitorando regularmente o desmatamento na Bacia do Xingu por meio de seu laboratório de geoprocessamento. Estudos sobre o assunto, lançados em março de 2006, é a nova versão do mapa Cabeceiras do Rio Xingu. 

 Para o período entre 2003 e 2005, a publicação registra mais 1.259.022 hectares desmatados em área de floresta (ou 7,08% do total) e cerca de 266 mil hectares (1,5%) em áreas que já sofriam algum tipo de alteração. Em relação a áreas que permanecem desmatadas desde o ano 2003, o mapa revela um total de mais de 4 milhões de hectares.

O que observamos até agora?

- Os maiores rios brasileiros por vazão e extensão estão situados na Bacia Amazônica;

- São dez mil índios de 20 etnias diferentes que serão afetados;

- A formação dessa região produtora remete aos anos 1960, quando o governo federal estimulou os primeiros grandes empreendimentos de pecuária na região através da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia);


- Uma etapa paralela dessa estratégia de ocupação não-indígena foram os projetos estatais e privados de colonização, que trouxeram consigo a produção de arroz na década de 1970 e, a partir dos anos 1980, a da soja;

-   A degradação ambiental da região, já vem desde 1960, devido ao desenvolvimento da região sem um planejamento.



Hidrelétrica de Belo Monte
                       
Como já foi visto no texto, no período de 2003 a 2005 1.259.022 hectares desmatados em área de floresta (ou 7,08% do total) e cerca de 266 mil hectares (1,5%) em áreas que já sofriam algum tipo de alteração.


Os ambientalistas de iphone, não questionam esses números por qual motivo? 1 MILHÃO de hectares já foram desmatados...pois é.

Os ambientalistas de iphone falaram em seu vídeo CTR+C+V (copiado do manifesto americano em prol do voto, dirigido por Leonardo di Caprio) que Belo Monte não vai produzir energia o suficiente para comepensar os danos e o investimento. Veja o vídeo #fail #Fake  - http://www.youtube.com/watch?v=TWWwfL66MPs  aqui tem o Original - http://www.youtube.com/watch?v=0vtHwWReGU0&feature=player_embedded#
           
Obs: Eu não dou moral alguma a ator da globo metido a intelectual dizendo “eu pesquisei” com cara de idiota.
           
Obs2: O que é o tal de Heriberto Leão com cara de militante das farc?

Obs3 : Odeio comunistinha e ambientalista de merda!

Voltando ao texto...

Vou colocar aqui uma lista das principais hidrelétricas do país e o quanto produzem:

1) Itaipú (Rio Paraná) - 12.600 MW
2) Tucuruí (Rio Tocantins) - 4.245 MW;
3) Ilha Solteira (Rio Paraná) - 3.444 MW;
4) Xingó (Rio São Francisco) - 3.000 MW;
5) Paulo Afonso IV (São Francisco) - 2.460 MW;
6) Itumbiara (Rio Paranaíba) - 2.082 MW;
7)  São Simão (Rio Paranaíba) - 1.710 MW;
8) Fóz do Areia (Rio Iguaçú) - 1.676 MW;
9) Jupiá (Rio Paraná) - 1.551 MW;
10) Itaparica (Rio São Francisco) - 1.500 MW;
11) Itá (Rio Uruguai) - 1.450 MW;
12) Marimbondo (Rio Grande) - 1.440 MW;
13) Porto Primavera (Rio Paraná) - 1.430 MW;
14) Salto Santiago (Rio Iguaçú) - 1.420 MW;
15) Água Vermelha (Rio Grande) - 1.396 MW;
16) Corumbá (Rio Corumbá) - 1.275 MW;
17) Segredo (Rio Iguaçú) - 1.260 MW;
18) Salto Caxias (Rio Iguaçú) - 1.240 MW;
19) Furnas (Rio Grande) - 1.216 MW;
20) Emborcação (Rio Paranaíba) - 1.192 MW;
21) Salto Osório (Rio Iguaçú) - 1.078 MW;
22) Estreito (Rio Grande) - 1.050 MW;
23) Sobradinho (Rio São Francisco) - 1.050 MW.

 Segundo o Ministro de Minas e Energia: “Belo Monte vai produzir 11 mil megawatts, ou seja, 10% do total que o Brasil possui hoje”

Então, pra quem disse no vídeo que Belo Monte não vai produzir quase nada...11mil megawats é o q? E no período de seca produzirá um pouco mais de 4mil. Ainda sim, a produção continua boa, diante dos padrões.

Segundo o Jornal Estadão a contrução irá custar : “O custo total do empreendimento ficará entre R$ 16 bilhões (segundo o governo) e de R$ 30 bilhões (segundo as construtoras)”

Bom Acreditar em político é realmente impossível, haverá muito desvio...o que podemos fazer é exigir que as contas sejam transparentes e que o TCU faça sua parte de forma HONESTA.

Um Imbecil disse no vídeo dos ambientalistas de iphone, que energia gerada por hidreletrica não é energia limpa...onde isso, meu Deus????

Segundo o engenheiro e ex-consultor legislativo do Senado David Waisman

«Potenciais hidrelétricos são um recurso natural precioso. Europeus, americanos, canadenses os exploraram rigorosamente enquanto deles dispuseram. Foram aproveitados ao longo de muitas décadas e até hoje estão as correspondentes usinas hidrelétricas a sustentar o padrão de vida desses povos, complementadas pelas termelétricas que se tornaram indispensáveis dada a inexistência, naqueles territórios, de potenciais hidrelétricos adicionais. Ao aproveitamento dos potenciais hídricos para a geração de energia elétrica é, frequentemente, incorporada a vantagem de se amenizarem as enchentes nocivas e a de se usarem os cursos d’água assim regularizados para outros fins úteis, tal como navegação e irrigação.»

«Ora, se predomina o princípio da intocabilidade da natureza, como vem ocorrendo, e ao ser desprezado o mecanismo legal de compensação da inundação por ações de conservação em outro local, os projetos de hidrelétricas ou são vetados ou são mutilados, neste caso restringindo-se a área inundável a apenas aquilo que a natureza já inunda nas enchentes. Isto é, os projetos são implementados na modalidade “a fio d’água”, com subaproveitamento da energia firme que seria possível obter. Esse veto e essa mutilação equivalem, e isto não costuma ser percebido ou divulgado, a deixar perder-se para sempre uma riqueza natural preciosa. Por que a sociedade não admite fazê-lo com jazidas de minério de ferro ou com as reservas de petróleo, mas tolera a mutilação hidrelétrica imposta pelo ambientalismo intocabilista, é uma questão que precisa ser discutida. Enquanto isso não se der, continuará o criminoso desperdício de valiosíssimos recursos naturais, e se vão multiplicando as poluentes termelétricas do preservacionismo irracional.»


No vídeo dos artistas ambientalistas de iphone, o imbecil do Eriberto Leão fala de alternativas para a questão energética e diz uma asneira...”energia eólica”.

Eriberto meu filho, você já esteve na região amazônica? Você sabia que a região Amazônica não tem ventos com velociadades o suficiente para utilizar em usinas eólicas? E que seria inviável um projeto de energia eólica no Norte do país? Você sabia que a região é carente de energia? Você sabia que em Manaus, uma cidade desenvolvida, com potencial econômico absurdo, falta energia quase todos os dias??? Sabe quanto custa um projeto de energia eólica?

O que impede a instalação de mais centrais eólicas ainda é o preço. A energia gerada por uma central eólica custa entre 60% e 70% a mais que a mesma quantidade gerada por uma usina hidrelétrica. “

Infelizmente existe uma degradação ambiental, é hipocrisia falar que podemos sobreviver sem degradar...pois só estamos aqui por conta da degradação ambiental que causamos, Rio de Janeiro, em Sào Paulo, em Minas Gerais, em Manaus, em qualquer lugar do mundo ... infelizmente essa é a lei da vida...

É muito facil ser ator da Rede Globo entrar em um estúdio e fazer esse vídeo, sair de lá nos seus Porsche's, Land Rover's, BMW, a caminho do Recreio dos Bandeirantes (Região TOTALMENTE devastada, no Rio de Janeiro) Barra da Tijuca (outra região completamente devastada pela construçào civil). Mas não vemos os ambientalistas de iphone reclamarem da construção civil que devasta cidades, que devasta matas virgens dentro das cidades, para construir condomínios de luxo para artistas, políticos e etc.

"Uma parte da a área que será inundada, já é naturalmente alagada em épocas de enchente, desabrigando os moradores que ficam nas redondezas."

A hidrelétrica de Belo Monte possuirá uma capacidade para abastecer mais de 26 milhões de habitantes e com a instalação, a usina, desalojará mais de 20 mil pessoas, mas gerará cerca de 80.000 postos de trabalho na sua construção com empregos indiretos e 18mil empregos diretos.

 “Para uma região marcada por pobreza endêmica e falta de infraestrutura, Belo Monte será uma grande oportunidade. Rodovias, pontes, hidrovias e atracadouros já estão sendo recuperados para receber máquinas a serem usadas na obra.

Existe o compromisso formal do consórcio construtor de adquirir na região o que for possível para abastecer os alojamentos, abrindo mercado para pequenos e médios produtores rurais locais. Um outro compromisso é alfabetizar o máximo possível de trabalhadores (pela primeira vez serão admitidas pessoas analfabetas em uma obra dessa magnitude, exatamente devido à realidade da região, onde é elevada a parcela da população sem qualquer instrução).”

“Entre as 40 condicionantes para liberação da licença ambiental para início das obras da hidrelétrica de Belo Monte está a obrigação de o consórcio responsável pelo empreendimento garantir o fornecimento de água potável e tratar os esgotos de 100% dos domicílios urbanos de dois municípios da região: Altamira e Vitória do Xingu.

Não há hoje no Brasil cidade que tenha alcançado esses índices. E no caso da Amazônia, tais objetivos estão ainda mais distantes, pois o índice de esgotos urbanos tratados nos maiores municípios locais não passa de 5%.”

Vai existir degradação...isso é inevitável, o que temos que pensar e ponderar é de que forma isso vai ser feito, se as 40 normas ambientais serão TODAS cumpridas, se não vai haver desvios. Isso podemos fazer, o que não podemos é impedir  uma região carente  de se desenvolver, impedir que tenham empregos, comida, salários justos. E TODOS nós sabemos que o desenvolvimento só chega com grandes construções, com geraçào de emprego, etc.

CHEGA!! de hipocrisia Brasil! 

Essas pessoas merecem o desenvolvimento, mas lógico, que seja um desenvolvimento sustentável, inteligente e planejado!
Antes do governo por em prática a construção, deveriam dar início a todo o processo sustentável, remanejamento das pessoas e estruturação das cidades afetadas.

É isso o que temos que cobrar!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A influência dos partidos políticos nos movimentos estudantis brasileiros

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A partidarização dos movimentos estudantis no Brasil é algo preocupante, talvez por esse motivo sempre houve repressão, brigas e cenas de guerra em movimentos que marcaram a nossa história.


Sou contra a partidarizaçao de movimentos estudantis, principalmente quando são influenciados por extremistas. Isso NUNCA da certo, a sociedade não poode ser extremista muito menos os movimentos que lutam por alguma causa.

Muitos negam essa interferência política nas universidades federais do Brasil, mas sempre onde tem confusão, tem o PCdoB, PCO, PT e outros partidos influenciando, financiando direta ou indiretamente as ações. São exisgentes, cobram dos manifestantes que criem o caos e é esssa a deoutrina extremista, criar o caos.


Vou colocar aqui algumas informações:

No blog - Chega de Mentira - É feito um relato sobre o movimento estudantil ocorrido na PUCRS

"PT e PSOL tentam articular golpe na PUCRS

Prezados colegas,
Nas últimas semanas houve uma tentativa de golpe por parte de um movimento financiado por PT e PSOL, na PUCRS. Utilizaram-se da boa vontade da PUC para fazer terrorismo, ameaçando a paralisação do vestibular e a exposição do nome da Instituição na mídia.


Vocês já pensaram de onde veio o dinheiro para a impressão de tantos folhetos que foram distribuídos, ao longo de duas semanas, sendo a maioria deles coloridos?? Acho que alguns gabinetes na Câmara de Vereadores e na Assembleia Legislativa estouraram suas cotas de cópias e impressões nestas últimas semanas. De onde veio o dinheiro para a confecção de adesivos?


O discurso do movimento é legítimo, e sempre disse isso para todos, mas acho uma pena que a grande maioria dos protestantes não sejam vinculados a PUC. Acho uma pena que isto tenha que partir de partidos políticos e de outras universidades. E acho uma pena que isso seja apenas um discurso para tentar articular um golpe. Sim colegas, o PT e o PSOL tentaram dar um golpe na PUCRS. " leia mais AQUI


Agora postarei uma tese  feita por Jordana de Souza Santos - Mestranda em Ciências Sociais pela Unesp/Marília

Ela faz um relato histórico sobre os movimentos estudantis e a influência dos partidos políticos nos mesmos.

 A influência e a atuação dos partidos políticos no movimento estudantil brasileiro e  as semelhanças dos movimentos sociais latino-americanos 

Este artigo pretende analisar a influência de dois  grupos políticos que tiveram  participação considerável nas ações do Movimento Estudantil (ME) da década de 1960.  Estes grupos são a Ação Popular (AP) e as Dissidências Estudantis Comunistas (DI-SP  e DI-GB, representantes do estado de São Paulo e da Guanabara, respectivamente). O  período a que nos referimos se inicia em 1964, ano do golpe militar, e termina em 1974 quando a maioria das organizações foi extinta ou caiu na clandestinidade. Para entendermos de que maneira se deu essa influência partidária no ME e em  suas entidades representativas foi necessário uma pesquisa documental no Centro de  Documentação da Unesp (CEDEM), no Arquivo Ana Lagoa (Ufscar) e no Arquivo  Edgar Leurenroth (AEL–Unicamp). A coleta de dados nestes arquivos foi de documentos dos partidos e organizações políticas da época e algumas resoluções, panfletos e jornais da UNE, do DCE-USP etc. Através da leitura dos documentos do ME, por exemplo, foi possível identificar as posições e idéias referentes a cada  organização comprovando assim, que os estudantes se norteavam pelos ideais políticos das organizações predominantes no ME. 
                                              
A escolha da AP e das dissidências pautou-se na representatividade que assumiam frente ao ME. A AP, desde a sua fundação,  foi predominante na UNE conquistando a presidência desta entidade por várias vezes consecutivas. As  Dissidências começaram a exercer maior influência no ME em torno de 1967.  

As disputas pela liderança da UNE entre a AP e as dissidências foi marcante  nesse período. A principal divergência entre as duas organizações era com relação à luta  específica e a luta geral contra a ditadura militar. Esta questão é fundamental para este trabalho, pois reflete exatamente o conflito entre  os ideais partidários e o  encaminhamento das ações estudantis. 
A AP teve uma trajetória que foi do cristianismo ao marxismo, do foquismo ao maoísmo. Fundada em 1962 por um grupo dissidente da Juventude Universitária  Católica (JUC), a AP assumiu uma postura mais radical que a sua precursora. A JUC foi  fundada em 1935 e seguia a linha de evangelização da sociedade e da juventude,  pregando também o não envolvimento nas lutas sociais. Muitos dos seus militantes  discordavam dessa linha de pensamento, pois não havia como atuar no ME sem se engajar na luta política. Cada vez mais a organização foi perdendo força dentro da UNE.

A AP representava uma nova organização de base cristã, porém mais aberta à militância  e a ideais revolucionários. O Partido Comunista Brasileiro (PCB) era muito forte no ME e suas análises sobre a situação da classe operária, a necessidade da revolução comunista etc, eram acolhidas pelos estudantes e a  AP também propunha análises procurando contribuir para o processo revolucionário demarcando o papel dos estudantes.
A principal influência teórica da AP no início da sua formação foi o pensamento  do intelectual francês Jacques Maritain. Este pensador causou uma reviravolta na outrina católica ao afirmar que o cristianismo e a luta política eram indissociáveis para a construção da igualdade entre os homens. Emanuel  Mounier também influenciou teoricamente a AP ao tratar de temas referentes à classe operária e aos camponeses.
A AP acreditava que a revolução não seria imediata  e pregava assim, um esquema de preparação da revolução através da organização e conscientização da classe trabalhadora. Após o golpe militar, a AP assumiu-se como uma organização marxista e  concentrou suas ações e propostas na luta de todo povo contra a ditadura militar. O ME tinha um papel importante na condução da luta contra a ditadura. Conforme Martins Filho (1987, p. 60), “na visão da AP, o movimento estudantil deveria se engajar  diretamente nas lutas de todo o povo, das quais a reforma universitária seria mais uma conseqüência do que um fator de impulso”. Enquanto  a UNE teve a ideologia da AP como predominante participou ativamente das reivindicações populares e elaborou diversas teses sobre a influência do imperialismo norte-americano no Brasil.
A AP considerava o ME um movimento forte politicamente e de grande alcance popular. A própria AP não tinha muitos militantes entre os operários e camponeses, pois caracterizava-se como uma organização de origem pequeno-burguesa. Para alcançar as camadas populares a AP baseava-se na premissa maoísta da “integração no processo de produção” em que seus militantes eram mandados à fábrica, ao campo para trabalharem junto aos operários e camponeses e assim, se despir desse caráter pequeno-burguês além de conscientizarem os trabalhadores da emergência da revolução.
Em contrapartida ao emaranhado teórico em que nasceu a AP, as Dissidências Estudantis Comunistas se formaram depois das inúmeras cisões que atingiram o PCB. Tais cisões ocorreram devido à postura do PCB com relação ao golpe militar no qual o partido encontrava-se desorientado, sem explicação  sobre o porquê do golpe ter se concretizado. Havia também críticas a linha política seguida pelo Partidão que era a
mesma do Partido Comunista Soviético que pregava a  coexistência pacífica e o etapismo da revolução.
As Dissidências voltaram sua luta para as questões  da educação que sofria graves problemas como a diminuição de verbas para o ensino superior e a crise dos excedentes, entre outros. Para as Dissidências, na discussão sobre a política educacional do governo estava presente a discussão sobre a ditadura militar e o capitalismo brasileiro porque um era resultado do outro. Tanto a DI-SP quanto a DI-GB acusavam a AP de aparelhar as entidades estudantis, principalmente a UNE afastando assim os estudantes do ME. Para os ex-líderes estudantis José Dirceu e Vladimir Palmeira, a AP deixava as lutas estudantis em segundo plano e qualquer manifestação dos estudantes era pretexto para um discurso contra a Guerra do Vietnã e contra a ditadura (REIS FILHO, 1988).

No ano de 1968 as divergências entre os dois grupos se agravaram com o XXX Congresso da UNE. As chapas para a presidência da UNE eram encabeçadas pela AP e pelas Dissidências. Segundo José Dirceu, este congresso foi organizado pela União Estadual dos Estudantes (UEE-SP) sem o apoio da AP que discordava quanto ao local (Ibiúna). (DIRCEU; PALMEIRA, 1998). Este evento terminou com a prisão de cerca de 800 pessoas e deu início ao processo de desarticulação e enfraquecimento do ME. Foi em 1968 também que ocorreram as principais manifestações estudantis no Brasil como a “Passeata dos cem mil” e a “Batalha da Rua Maria Antonia”. Neste último acontecimento os estudantes da Faculdade de  Filosofia da USP entraram em confronto com os alunos do Mackenzie. Os estudantes da USP foram amparados pela Aliança Libertadora Nacional (ALN) e os do Mackenzie pelo Comando de Caça aos Comunistas (CCC). 

Foi neste episódio que os estudantes entraram em contato com os ideais de luta armada. Com o fracasso do Congresso de Ibiúna, muitos estudantes passaram a integrar os quadros das organizações que seguiam o caminho da luta armada. A ALN agregou os militantes da DI-SP e a DI-GB tornou-se Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR-8). A AP continuou seu percurso concentrada na preparação da guerrilha e aliou-se ao Partido Comunista do Brasil (PC do B) aderindo ao maoísmo.
 
No início dos anos 1970 o ME já havia perdido sua força enquanto movimento de contestação. O último presidente eleito para UNE foi Honestino Guimarães, perseguido e assassinado pela ditadura. Se anteriormente o clima dentro da UNE entre as organizações políticas predominantes era de disputa, no início da década de 1970 este traço já não era mais tão marcante. Como exposto acima, os estudantes que já militavam na AP e nas Dissidências continuaram em organizações armadas, preparando-se para a guerrilha. Somente em 1974 é que estes grupos políticos retornaram ao ME e conseguiram reorganizá-lo e trazê-lo de volta à ativa.
De certa forma, isto demonstra que embora houvesse  o aparelhamento das entidades estudantis pelos partidos, o ME manteve sua organização, suas reivindicações porque existia uma liderança maior que o impulsionava. No entanto, autores como João Roberto Martins Filho e Maria Cristina Hayashi, entre outros, afirmam que a disputa entre os partidos pela liderança do ME ajudou a enfraquecê-lo.
A partidarização do ME atual e algumas semelhanças  entre o ME latinoamericano Através das considerações acima é possível estabelecer uma relação entre o Movimento Estudantil dos anos 1960 e 1970 com a atualidade. No ano passado, 2007, a USP passou por uma ocupação que em todos os jornais e noticiários de televisão apareceu como um episódio relembrando os conflitos da Rua Maria Antonia de 1968. Quando ocorre greve de alunos das três maiores universidades paulistas (USP, Unesp e Unicamp) a principal discussão é que o ME é alvo dos partidos políticos e que age de acordo com ideais partidários. 

Esta discussão ganha respaldo porque a UNE é fortemente partidarizada. Neste artigo o debate sobre a influência partidária no ME brasileiro nos anos 1960 e 1970 tem o objetivo de revelar a atualidade desta proposta de trabalho. Quanto às semelhanças entre os movimentos estudantis latino-americanos percebemos que a Revolução Cubana ocorrida em 1959 era a grande inspiração. Países como Bolívia,
Argentina, Chile, México, Colômbia, Paraguai, Peru  e Uruguai vivenciaram um governo repressivo na década de 1960 e, conseqüentemente, os movimentos sociais nesses países foram perseguidos. 

Diferentemente do  Brasil os protestos de 1968 não foram tão expressivos no ME da América Latina. A luta guerrilheira e a realização da revolução eram os principais ideais dos movimentos  sociais latino americanos, inclusive do ME. Entretanto, podemos abordar as semelhanças do ME latino-americano
sobre outro ponto de vista. O ME na América Latina tem suas orientações demarcadas pela sua origem social e pelo papel que os estudantes desempenham na sociedade  (ALBUQUERQUE, 1977). Porém, uma problemática apontada pelo autor é quanto à autonomia do ME que talvez possa ser relacionada a  partidarização.

Uma questão importante sobre o ME na América Latina é sobre a posição que ele assume diante da sociedade. Por ser de origem pequeno-burguesa, o ME está preso às reivindicações da sua classe que tem ligações tanto com a classe dirigente quanto com a classe baixa. (FORACCHI, 1965). O ME não possui um modelo de ator social e assume orientações em função das reivindicações em nome de outros atores sociais como a classe operária, por exemplo. LEIA MAIS AQUI 


Se você chegou até aqui, obrigado!

Penso que enquanto esses partidos de extrema esquerda continuarem influenciando os Movimentos Estudantis pelo Brasil, nenhuma idéia será realmente debatida ou proposta, pois a intenção de extremistas não é o debate e sim o combate.

Encerro por aqui o assunto USP!


Rafael Guedes

domingo, 13 de novembro de 2011

Protesto na USP

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Bom Dia,

Resolvi escrever esse texto depois de toda a repercussão causada pela invasão de estudantes da USP a sua Reitoria. Bem depois para ter tempo de analisar e ver todos os lados envolvidos.

No calor das discussões, muitas vezes para ganhar visibilidade no blog, pessoas postam suas “opiniões” sem pensar ou refletir muito bem.

Vou dar a minha opinião a respeito...

Acredito que o movimento instaurado por estudantes da USP na reitoria, não foi legítimo. Não foi uma campanha contra a má gestão que impera nas universidades públicas do pais, não foi um clamor a melhorias, como:

    • Salas reformadas;
    • Carteiras novas;
    • Iluminação;
    • Professores bem pagos;
    • Laboratórios melhores;
    • Segurança;
Entre outas milhões de coisas necessárias em uma universidade pública, que o governo e reitores insitem em não dar aos estudantes e professores.

Não foi um pedido de conscientização política a cerca da liberação da maconha, na qual sou a favor, por milhões de fatores (não sou usuário). Não foi um pedido social para que tenhamos uma polícia mais efetiva e menos violenta, bem paga, bem equipada.

Infelizmente ainda vivemos períodos ditatoriais, não é só a polícia que é arbitrária, a imprensa no Brasil é em sua grande parte corrompida e partidária. Informam o que é necessário e conveniente para eles, quem paga mais tem a matéria favorável.

Vivemos a ditadura política, onde os “REIS DE BRASÍLIA” fazem o que querem com o país, votam aumentos de 69% em seus próprios salários em 2 sessões no senado, enquanto boas propostas para a melhoria popular, social, demoram anos para entrarem em pauta e muitas vezes são excluídas de possibilidade de votação.

Vivemos a ditadura do formadores de opinião socialistas/comunas, que muitas vezes acreditam que o país está no caminho certo, pois é liderado por pseudos socialistas/comunas, que “lutaram” pela liberdade lá atras, mas que hoje, estão atolados de dinheiro público, dinheiro sujo de desvios, de mensalões, de corrupção, tem até dinheiro na cueca, entre outas coisas. Pra mim, essa ditadura da hipocrisia é uma das piores coisas.

Eles usam de mentira, investem 9bilhões em propaganda política para inaugurar obras que não existem, inaugurar escolas que não existem, hospitais, universidades que não terminaram de ser construídos e mesmo assim, já foram inaugurados e sua propaganda já está feita, rodando nos principais canais do Brasil.

Estamos em um período de conflito com o “sistema de segurança”, muitos acreditam que é dando porrada em maconheiro que as coisas melhoram e outros acreditam que polícia não serve para nada e que o exercito brasileiro poderia ser desfeito, pois eles não acreditam nos benefícios que o mesmo presta ao país.
Não existe um meio-termo, não existe oportunidade para o debate e o que fazer?
Acredito muito que um país que não respeita a polícia, não respeita seu exército é um país sem ordem, país que não quer ordem.

As pessoas querem viver fora da lei, a “liberdade” virou uma “libertinagem” sem controle e quando alguém tenta colocar as coisas no eixo, é tido como ditador, autoritário.

Toda sociedade precisa de regras e as regras no Brasil não estão sendo aplicadas, PRINCIPALMENTE pela postura corrupta de seus policias, delegados, de seus advogados, de juízes, de promotores, reitores e pela falta de decoro parlamentar. O comportamento ético de quem precisa ser exemplo é nulo no Brasil...mas o povo também não colabora,não preciso falar do “jeitinho” brasileiro ne?

Mas tudo isso não justifica, usar drogas ilícitas sem ser perturbado por agentes de segurança pública, pois a Universidade Pública é um território NACIONAL, onde TODAS as leis são aplicadas. A USP não é uma ilha fora de nossos domínios, ou um território indígena, que isso fique BEM CLARO!

Muitos aqui vão falar que existe algo por trás desse movimento e que a imprensa tendenciosa não mostrou...Eu acredito sim, que em uma minoria existia o ideal pela universidade.
Esse protesto poderia ter sido mais inteligente, mais bem embasado , foi muito amador...

Teria que ser feito um levantamento do que é necessário na universidade, dos custos, ir com o pessoal de administração/economia e levantar valores, custos, investimentos, planejamento. Ir no pessoal de arquitetura e urbanismo, fazer um projeto de melhorias para as salas, laboratórios, estacionamentos, guaritas, moveis para as salas. Chegar no pessoal de direito e ver como dar entrada em um processo para investigação das contas da universidade. Depois de levantados TODOS os materiais, ir protestar, fazer barulho, mas mostrar uma base teórica, base legal para legitimar o protesto...é trabalhoso. Mas hoje em dia o caminho é esse, fazer as coisas de forma “profissional”, chega de amadorismo. 

É utópico falar isso...ou pedir que isso seja feito em próximos protestos, mas dessa forma não teria rejeição de mais de 60% da universidade.

Não podemos esquecer que esse movimento foi partidário...e abordarei esse tema em um outro post.

A principal reivindicação do grupo, coordenado por três correntes de extrema-esquerda – a Liga Estratégica Revolucionária – Quarta Internacional, o Movimento Negação da Negação e o Partido da Causa Operária (PCO) –, é a suspensão do convênio entre a PM e a universidade, firmado após a morte do estudante Felipe Ramos de Paiva, baleado no estacionamento da Faculdade de Economia e Administração (FEA) em maio passado.”

Pra quem não sabe o PCO é o Partido da Causa Operária....

Bom, fico por aqui!!!


Rafael Guedes

Vai Casar ou Comprar uma Bicicleta?

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Bom Dia,

(Fiz esse post em outro blog meu, que recentemente deletei. Estou repetindo aqui, pois gerou mais de 15mil views)

Após muito tempo venho dedicando esse espaço para a propagação de notícias que considero relevantes para minha vida e quem sabe, a de quem lê algo por aqui.

Hoje tirei um tempinho para postar algo que vem tirando meu sono ultimamente...

Como alguns sabem tenho 27 anos e essa idade para muitos é a idade de decisões no aspecto conjugal, tenho muitos amigos casando, se juntando e tenho acompanhado o sofrimento de alguns na procura de seu “cantinho”. Pois é, infelizmente no Brasil, pessoas de classe média só tem uma opção, ter um “cantinho”.
O setor imobiliário no Brasil está completamente “maluco”, envolvido em uma bolha inflacionária fora do comum para os padrões adotados nas últimas décadas.
Muitos questionam, dizem que a economia nunca esteve melhor, que o “sapo barbudo” deu oportunidades com créditos paras as pessoas terem seu imóvel próprio e que tudo isso acarreta nos preços.

Veja bem, hoje em dia os apartamentos parecem mais “apertamentos”. Qualquer apartamentinho minúsculo de 2 quartos não se compra por menos de 280 mil R$, isso pagando à vista e na planta, sem contar taxas vitalícias de condomínios que também crescem absurdamente.

Em nome desse “maldito” crescimento econômico, inúmeras bolhas foram sendo construídas pelo mundo. Mas esse progresso construído na velocidade em que seus governantes constroem dívidas internas e externas podem acarretar em sérias crises para o país a longo prazo.
Durante quase 20 anos os EUA construíram sua própria “Bolha Imobiliária “, onde muitos americanos se deram mal e perderam tudo, devem até as calças para o governo, pois usam cartão de crédito até pra dar esmola aos mendigos...
Vou contar um pouco de onde vem essa expressão “bolha”.

Em 2001 aconteceu nos Estados Unidos um fenômeno chamado “Bolha Tecnológica”, quando empresas chamadas .COM estavam sobrevalorizadas e em um dado momento seus valores precisaram ser reavaliados pelo mercado, havendo uma desvalorização em massa das empresas de TI, algumas faliram e outras tiveram seu valor reduzido drasticamente.

Voltando ao mercado imobiliário...

Os americanos gastavam muito comprando e construindo novos imóveis, seja com intuito de vendê-los posteriormente ( e assim obter um alto retorno financeiro) ou para uso próprio. Foi necessário criar taxas de crédito para esses novos investidores. Porém com o estouro da “bolha imobiliária”, um novo reajuste de preços e a dificuldade de honrar com os empréstimos feitos, os americanos tiveram de deixar de pagar a hipoteca da casa própria. Com isso, foram afetadas todas as empresas envolvidas nesse processo, inclusive o governo responsável pela liberação de créditos.

Acredito que o Brasil vem caminhando a passos largos para o mesmo caminho, apoiado diretamente por seus políticos MEGALOMANÍACOS (os aloprados do PT – Sapo Barbudo, Companheira vanda vulgo “Dilma”, Aloísio Mercadante, José Dirceu, Palocci...a lista é grande )

Temos muitos problemas em nossa economia, não sou formado em economia, mas nem precisaria ser para sentir na pele os efeitos da inflação nos supermercados. O PT se esforça para destruir o pouco que foi feito no Governo FHC ,que achei péssimo, mas que em relação a economia, foi bem principalmente com o Plano Real (que o PT foi contra, o Sapo barbudo deu xilique quando a proposta do Plano Real foi apresentada).

Infelizmente esses problemas econômicos costumam sumir quando se tem muito crédito no mercado e muita arrecadação com impostos, quase 40% de tributação em bens de consumo nos 365 dias do ano. Não pagamos pra respirar, mas pra viver é uma fortuna...5 meses de trabalho, pra ter uma vida mais ou menos.

O Brasil é uma máquina de arrecadação e um péssimo país quando se trata da distribuição desses valores. Não preciso aqui comentar e bater na mesma tecla de SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, TRANSPORTE, COMIDA. Todos já estão cansados de saber que nada é investido em nossas necessidades e sim nas necessidades dos próprios políticos (o Sapo Barbudo tem helicóptero, tem 4 coberturas no ABC paulista, financiou a empresa do filho, ex- ajudante de zoológico, hoje mega empresário...como isso é possível? Pergunte ao Sapo Barbudo....)

O que me deixa pu6%^$^^&^to da vida é ver que para a maioria dos brasileiros, está tudo lindo, azul, verde da cor da plantinha...tanto que a prioridade não é sair as ruas pedindo ética no senado, ou tentar impedir o aumento de 62% nos salários dos deputados, ou EXIGIR que os recursos arrecadados com tributos seja repassado ao povo com melhoria nos transportes, estradas, aeroportos, escolas, hospitais, professores, médicos...NÃÃÃO a prioridade é lutar pela legalização da maconha e pela lei contra a homofobia.

Pra quem vive seu mundinho verde, ou colorido, nada disso de tudo o que falei tem afetado. Mas um dia VAI AFETAR !! E aí, você vai ACORDAR???? Não será tarde??

Não sei, mas hoje em dia parece que é mais fácil comprar uma bicicleta a casar...

Rafael Guedes